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Apresentação

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Pneumotórax

Caracteriza-se pela presença de ar no espaço pleural, normalmente entre a pleura visceral e parietal. A entrada de ar pode ocorrer devido a uma lesão pulmonar responsável por uma solução de continuidade na pleura visceral, levando a uma ruptura alveolar e extravasamento de ar pela cavidade pleural ou por meio de uma solução de continuidade, que pode ou não ser traumática, da parede torácica.

A radiografia de tórax pode mostrar a presença de uma linha pleural correspondendo à imagem da pleura visceral afastada da parietal. No entanto, uma doença pulmonar bolhosa com cistos pulmonares associados à perda da capacidade elástica pulmonar e áreas hiperdistendidas, tornam mais difícil a identificação de uma linha pleural característica do pneumotórax. Em caso de dúvida em relação ao diagnóstico de uma área de hipertransparência, a tomografia pode ser usada para ajudar na distinção entre pneumotórax e uma bolha de enfisema.

Os principais procedimentos relacionados ao surgimento de pneumotórax na UTI são punção transtorácica; punção venosa central (subclávia); toracocentese; biópsia transbrônquica; biópsia pleural; ventilação mecânica com pressão positiva; punção venosa supraclavicular e bloqueio de nervo.

As queixas mais frequentes no paciente com pneumotórax espontâneo primário são dor torácica e dispneia. No pneumotórax secundário, os sintomas geralmente são mais importantes e envolvem dispneia, cianose e hipotensão.

O tratamento consiste na passagem de um dreno de tórax para retirada do ar, porém nos casos de pneumotórax de pequeno volume (como os espontâneos) o tratamento é conservador, ou seja, o próprio corpo reabsorve o ar contido entre as pleuras. 


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